Semana passada falamos sobre os sinais aos quais os pais devem estar atentos para identificar a possibilidade de uma escoliose. Certo, e depois de se confirmar o diagnóstico, como devemos agir? Qual profissional procurar? Quais formas de tratamento? Quais os resultados alcançáveis?
Vamos lá,
O tratamento da escoliose idiopática pode ser conduzido de duas maneiras: Tratamento conservador e Tratamento cirúrgico.
Tratamento conservador
Em geral este tipo de tratamento é indicado para portadores de curvas menores de 40º, mas cada paciente deve ser examinado detalhadamente. O profissional que conduz esta forma de tratamento é o fisioterapeuta, ele é capaz de avaliar e prescrever adequadamente exercícios fisioterapêuticos para cada caso. A auto-correção ativa e os exercícios específicos para escoliose são os mais recomendados a serem adotados como conduta, pois já existe evidência cientifica a respeito dos efeitos desta abordagem como sendo capaz de reduzir a magnitude da curvatura escoliótica e/ou estabilizá-la.
As órteses como os coletes são indicadas para curvas maiores que 20º e são utilizadas para evitar a progressão da curva. A adaptação ao seu uso e até mesmo exercícios a serem feitos com a órtese, também são de responsabilidade do fisioterapeuta. A prescrição é feita pelo médico ou pelo fisioterapeuta.
Tratamento cirúrgico
Esta abordagem é conduzida pelo médico ortopedista e é indicada nos casos em que a curva é maior de 40-45º. Normalmente o procedimento cirúrgico envolve uma artrodese das vértebras, que significa fixar o segmento vertebral que está desalinhado em uma posição vertical através de haste e parafusos. O segmento fixado ganho um melhor alinhamento, porém perde completamente o a mobilidade e os movimentos. É importante considerar que, em alguns casos, a cirurgia é feita no início ou durante a fase de crescimento e que com o passar do tempo, com o crescimento ósseo, será preciso re-intervir.
Levando em consideração os riscos e prejuízos da abordagem cirúrgica, o tratamento conservador deve ser sempre cogitado e para se alcançar um melhor resultado o diagnóstico precoce é fundamental.
Levando em consideração os riscos e prejuízos da abordagem cirúrgica, o tratamento conservador deve ser sempre cogitado e para se alcançar um melhor resultado o diagnóstico precoce é fundamental.
Isis Navarro é fisioterapeuta, Sócia do Consultório de Fisioterapia e Pilates (https://goo.gl/yJAGh6) e aluna especial do Mestrado do Programa de Pós Graduação em Ciência do Movimento Humano e pesquisadora convidada do grupo de pesquisa BIOMEC/UFRGS