quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Praticar um esporte pode piorar a Escoliose?


É possível estabelecer uma relação saudável entre esportes ou atividades físicas e a escoliose? Alguns pais e até mesmo os filhos, portadores de escoliose, temem realizar um esporte por acreditar que sua prática pode agravar a doença, aumentando o grau de inclinação da curvatura. Calma! Os exercícios realizados com frequência e intensidade adequadas podem ajudar a manter um bom condicionamento físico, o trofismo muscular e melhoram a qualidade de vida. A natação, por exemplo, auxilia no condicionamento cardio-respiratório, promove diminuição das tensões musculares através da temperatura aquecida da água, garante o fortalecimento muscular e mobiliza as articulações como um todo. Mas cuidado! NATAÇÃO NÃO TRATA A ESCOLIOSE. Ela deve ser usada como modalidade auxiliar no tratamento da escoliose que deve preconizar fisioterapia especializada com exercícios direcionados à deformidade. A equitação também pode agir positivamente, melhorando a força dos músculos do tronco e enriquecendo o equilíbrio, e assim como outros desportos, deve ser feita com orientação e conduzida de maneira adequada, pois pode acabar se tornando muito cansativa se mau administrada. É importante dar preferência para atividades simétricas, como dança ou pilates, para evitar qualquer ônus ao quadro escoliótico já instalado, evitando esportes assimétricos como esgrima ou tênis por exemplo. De modo geral, os esportes ou atividades físicas são bem-vindos, desde que bem orientados e ministrados de maneira consciente.

Isis Navarro é fisioterapeuta, Sócia do Consultório de Fisioterapia e Pilates (https://goo.gl/yJAGh6) e aluna especial do Mestrado do Programa de Pós Graduação em Ciência do Movimento Humano e pesquisadora convidada do grupo de pesquisa BIOMEC/UFRGS

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Antes e depois: Veja o resultado do tratamento conservador


Os pais da paciente observaram assimetria na cintura e nos ombros de sua filha e procuram um fisioterapeuta para avaliar e acompanhar o caso. A escoliose apresentava inicialmente 18º Cobb e a proposta inicial era impedir o agravamento da curva e, se possível, diminuir sua magnitude.

O tratamento teve uma abordagem baseada em exercícios ativos de correção da curva escoliótica, auto-correção, alongamentos ativos e passivos e técnicas de terapia manual. A paciente iniciou o tratamento com 12 anos de idade em dez/2011 com frequência de 3x/semana, segue em acompanhamento 2x/semana desde 2013. As imagens mostram os exames de Raios-X inicial em 2011 e após 14 meses de tratamento. Após este período a curva diminuiu para 9º Cobb.

É notável a eficácia do tratamento conservador (não cirúrgico) da escoliose neste caso. Porém é importante ressaltar que esse tipo de tratamento requer adesão e paciência tanto do fisioterapeuta, que almeja atingir os melhores resultados no menor período de tempo, quanto do paciente, que anseia a melhora do funcionamento e da estética corporal.

Busque o diagnóstico precoce e trate! Não deixe para depois.
Mas lembre-se de que a reeducação da postura e do movimento deve ser sempre conduzida por um profissional qualificado. Escoliose: fique atento!

Isis Navarro é fisioterapeuta, Sócia do Consultório de Fisioterapia e Pilates (https://goo.gl/yJAGh6) e aluna especial do Mestrado do Programa de Pós Graduação em Ciência do Movimento Humano e pesquisadora convidada do grupo de pesquisa BIOMEC/UFRGS