É possível estabelecer uma relação saudável entre esportes ou atividades físicas e a escoliose? Alguns pais e até mesmo os filhos, portadores de escoliose, temem realizar um esporte por acreditar que sua prática pode agravar a doença, aumentando o grau de inclinação da curvatura. Calma! Os exercícios realizados com frequência e intensidade adequadas podem ajudar a manter um bom condicionamento físico, o trofismo muscular e melhoram a qualidade de vida. A natação, por exemplo, auxilia no condicionamento cardio-respiratório, promove diminuição das tensões musculares através da temperatura aquecida da água, garante o fortalecimento muscular e mobiliza as articulações como um todo. Mas cuidado! NATAÇÃO NÃO TRATA A ESCOLIOSE. Ela deve ser usada como modalidade auxiliar no tratamento da escoliose que deve preconizar fisioterapia especializada com exercícios direcionados à deformidade. A equitação também pode agir positivamente, melhorando a força dos músculos do tronco e enriquecendo o equilíbrio, e assim como outros desportos, deve ser feita com orientação e conduzida de maneira adequada, pois pode acabar se tornando muito cansativa se mau administrada. É importante dar preferência para atividades simétricas, como dança ou pilates, para evitar qualquer ônus ao quadro escoliótico já instalado, evitando esportes assimétricos como esgrima ou tênis por exemplo. De modo geral, os esportes ou atividades físicas são bem-vindos, desde que bem orientados e ministrados de maneira consciente.
Isis Navarro é fisioterapeuta, Sócia do Consultório de Fisioterapia e Pilates (https://goo.gl/yJAGh6) e aluna especial do Mestrado do Programa de Pós Graduação em Ciência do Movimento Humano e pesquisadora convidada do grupo de pesquisa BIOMEC/UFRGS
